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Spin-Off I - Daz

E aí, pessoal, com estão? Começa hoje uma pequena série de Spin-Off's, que serão postados de dez em dez dias. Pensei em trazer algum conteúdo novo e diferente, e espero que curtam!

Pra quem não sabe, spinf-off são qualquer obra narrativa derivada de uma obra já existente. Nesse caso, vão se tratar de algumas pequenas parte de historias não contadas no livro, vista de uma perspectiva diferente...

Boa leitura

Daz - I

"A Floresta estava diferente. Podia escutar o caminhar, rastejar e o movimentar pelas folhas, os olhares atrás das árvores ao meu redor. Estavam agitados. Algo vinha de algum lugar do bosque. E seja lá o que o que pudesse causar toda aquela comoção em Hellysh, não podia ser uma coisa boa.

Toda aquela agitação deixava o lugar maldito ainda mais perigoso que o normal. Não era seguro ficar ali. Dei as costas para voltar para a cabana, contudo, algo me parou.

Uma espécie de energia emanava à frente. Não sei exatamente como identifiquei isso. Era como se o ar, por um instante, se tornasse fresco e vívido antes de voltar a ser carregado de podridão e poeira. Um breve e oscilante respiro de vida. Há quanto tempo não sentia isso?

O que quer que fosse atrairia a atenção de tudo num raio bem grande e, por isso, não duraria muito. Além disso, não era problema meu.

Quando tornei a dar as costas, a energia voltou e sumiu, reapareceu e desapareceu continuamente um par de vezes. Estava se ocultando.

Não, não era problema meu. Entretanto, isso mudava a partir do momento que me proporcionava algum uso. Mesmo que parecesse uma ideia completamente impraticável. Refleti por um segundo. Por mais que as chances do meu pensamento estar certo fossem menores que um por cento, eu faria isso bastar.

Dessa vez, dei as costas para a direção que ficava a cabana, e me dirigi até onde vinha aquela presença oscilante.

Depois de alguns minutos de caminhada, passos soaram, junto de uma respiração alta e descompassada. Meu suposto objetivo corria pela Floresta, produzindo barulho suficiente para que metade de Hellysh a transformasse no alvo mais fácil e ingênuo de todos. Não muito distante, vinha um perseguidor, um moribundo desgrenhado de olhar sedento, algum bruxo Negro barato que deve ter tentado ganhar a vida com usos proibidos e acabou recebendo uma estadia permanente em Hellysh.

Não foi difícil puxar a adaga e cravá-la em seu peito ao me aproximar do sujeito, alheio a tudo que não fosse sua caça. Tive que tirar a garota Humana do caminho, que rolou sobre as folhas. Estava cobertas de arranhões e terra, os cabelos de uma cor clara e estranha caía sobre o rosto em uma confusão prateada. Tremia quando olhou para mim com uma expressão aterrorizada, como se tentasse decidir se deveria voltar a fugir. Ela não precisava emanar algo para ser morta em menos de um dia. Não fosse o estado horrorizado, a palidez poderia fazer com que fosse confundida com algum fantasma. E de alguma forma, parecia tão surreal visto o cenário que a cercava. Por um instante esperei que ela fosse desaparecer, como uma ilusão. Mas então ela se manteve ali.

—Não seja tão espalhafatosa quando está nessa floresta."

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